O desânimo pode ser considerado um mal no mundo corporativo atual, que privilegia o estado de alerta e de atividade constantes.
Perder a disposição para trabalhar, no entanto, pode ser uma consequência desse cenário, para muitos, cansativo, mas que passa com um período de descanso. O problema é quando esse sentimento se mantém por um longo período. Quando isso acontece, talvez seja hora de reavaliar a carreira.
E foi isso que aconteceu com uma engenheira que conheci. Ela trabalhava em uma empresa de comunicação, quando o estado de desânimo passou a ser permanente. “Eu não estava feliz”, diz. E a primeira consequência disso foi nos resultados, que começaram a ficar abaixo do que ela poderia alcançar.
O impacto no desempenho é uma das primeiras consequências desse estado de desânimo prolongado. Mas esse pode ser o menor dos problemas. Essa desmotivação no trabalho pode afetar a vida pessoal, e a qualidade de vida dessa pessoa.
A pessoa passa a não ter mais prazer na vida, pode passar a ter comportamentos que geram conflitos e até chegar a se valer de álcool e drogas.
A engenheira não chegou a esses extremos em sua vida pessoal, mas chegou ao extremo na vida profissional. Depois de alguns meses, ela trocou de emprego. “Eu não estava na empresa certa pra mim. Não me identificava com a cultura dela. E acho que quem não se identifica deve sair mesmo”, acredita. Dessa vez, a engenheira acertou na escolha e trabalha em uma empresa cuja cultura condiz com o seu perfil profissional.
Se há um desânimo, é porque tem algo errado. São vários os motivos que podem levar os profissionais a um estado de desânimo profundo. O clima pode não ser amistoso, ou existe muita pressão. Isso pode gerar desânimo.
Ainda podemos colocar na lista a própria frustração do profissional com a área na qual atua. Muitas vezes, ele criou uma expectativa que não foi suprida. Nessa hora, o melhor é se fazer perguntas pouco confortáveis. “Será que você está satisfeito e realizado? O profissional precisa se auto-perceber e tomar consciência da sua própria situação.
Um desafio muito além ou muito aquém da capacidade do profissional também pode gerar descontentamento. A pessoa pode estar pouco ou muito qualificada para executar esse trabalho. Nesse caso, há um desequilíbrio entre o que ela pode fazer e o que ela tem para fazer. Casos como esses geram frustração.
Mas não é só isso. Recompensas financeiras desalinhadas com o trabalho executado pelo colaborador e a falta de reconhecimento pelo desafio superado também levam os profissionais a perderem suas forças. Tudo isso sem contar os problemas pessoais, que interferem – e muito – no desempenho de qualquer pessoa, principalmente entre aquelas que unem os dois campos da vida, o profissional e o pessoal.
Para além das próprias motivações, outro fator que pode desencandear a desmotivação é o líder. O mais comum é quando há uma troca de gestão, porque há uma mudança na forma de trabalho. Ressalta-se que o profissional precisa perceber se a liderança imediata o ajuda a se desenvolver. Ele transforma você em um profissional com mais ‘know how’?
Mude e melhore seu desempenho
Apesar de o líder ser um dos motivos que podem gerar desânimo, ele também é parte da solução do problema. Ele precisa chamar a equipe para si e ficar atento aos sinais de desânimo. Isso porque, um profissional desmotivado pode contaminar uma equipe inteira. Dependendo da maturidade dessa equipe, ela traz esse profissional de volta ou começa a pensar como ele.
Por isso, quando constatados os motivos que levaram o colaborador a perder as forças, muitas vezes, uma conversa com a liderança pode melhorar o desempenho e reverter a situação. Se for pelo fato do desafio ser grande demais, o líder pode ser um coaching. No caso contrário, ele pode mostrar para o profissional o que falta para ele conseguir alcançar esse desafio maior.
Até chegar nessa etapa, porém, os questionamentos devem ser colocados sobre a mesa. Para as especialistas, são elas que tiram o colaborador da sua zona de conforto, podem resultar em respostas ainda mais desconfortáveis, mas são os únicos meios de fazer o profissional entender o que está acontecendo com ele e com sua carreira. E, com essas respostas, é possível chegar a uma solução e melhorar o desempenho profissional, como fez a engenheira.
Antes de decidir mudar de empresa, ela fez uma autoánalise para constatar o que a incomodava. E descobriu que o seu descontentamento advinha de determinados fatores. “O clima não era confortável, as pessoas eram distantes, havia uma ausência de autonomia para atuar e não havia espaço para o meu crescimento profissional”, explica.
Ela só chegou a essas conclusões porque fez um balanço de sua carreira e do seu perfil profissional. Fazer isso requer tempo e uma dose cavalar de autoconhecimento e sinceridade consigo mesmo. A tarefa não é simples, mas precisa ser feita se o profissional quiser sair desse estado de desânimo. A melhor coisa que ele tem de fazer para resolver esse problema é se conhecer bem e ter um objetivo de carreira definido, porque ainda que ele passe por obstáculos, ao menos ele sabe o caminho que ele está trilhando.
Haroldo Wittitz: Author, Editor and Publisher
You are discouraged with his career?
Find out how to reverse the situationDiscouragement can be considered an evil in today’s corporate world, which focuses on alertness and activity constant. Losing a willingness to work, however, may be a consequence of this scenario for many, tiring, but passing through a period of rest. The problem is when this sense is maintained for a long period. When this happens, it may be time to reassess his career. And that’s what happened to an engineer who knew him. She worked at a communications company, when the state of discouragement became permanent. “I was not happy,” he says. And the first result was the outcome, which began to be below what it could achieve. The performance impact is one of the first consequences of this prolonged state of despondency. But this may be the least of the problems. This lack of motivation at work can affect the personal life, and quality of life of that person. The person is not much more pleasure in life can go on to have behaviors that cause conflicts and even get to rely on alcohol and drugs. The engineer did not reach such extremes in his personal life, but went so far in life. After a few months, she changed jobs. “I was not the right company for me. Not identify with her culture. And guess who is not identified should come out even, “he believes. This time the engineer was right in choosing and working in a company whose culture matches your professional profile. If there is despair, because there is something wrong. There are many factors that can lead professionals to a state of deep despondency. The weather may not be friendly, or is there a lot of pressure. This can lead to discouragement. We can still put on the list itself with the professional frustration of the area in which it operates. Often, he created an expectation that was not supplied. At that time, it is best to ask questions uncomfortable. “Are you really satisfied and fulfilled? The professional must be self-realize and become aware of their own situation. A challenge too far behind or beyond the capacity of professionals can also generate discontent. The person may be somewhat or very qualified to perform this work. In this case, there is an imbalance between what she can do and what it has to do. Cases such as these generate frustration. But that’s not all. Financial rewards misaligned with the work performed by the employee and the lack of recognition by the challenge overcome also lead professionals to lose their strength. All this without counting the personal problems that interfere – a lot – in the performance of any person, especially among those that unite the two fields of life, professional and personal. In addition to their own motivations, another factor that may desencandear discouragement is the leader. The most common is when there is a change of management, because there is a change in the way of work. It is noteworthy that the professional must realize that the immediate leadership helps to develop. It turns you into a more professional ‘know how’? Change and improve your performance Despite being one of the leading reasons that can lead to discouragement, he is also part of the solution of the problem. He needs to call the team for you and stay alert for signs of discouragement. That’s because a professional unmotivated can contaminate an entire team. Depending on the maturity of this team, she brings that professional back or start thinking like him. So when we found the reasons why the employee to lose strength, often a conversation with the leadership can improve performance and reverse the situation. If because of the challenge is too great, the leader can be a coach. Otherwise, it can show the work that remains for him to achieve this challenge. To reach this stage, however, questions should be placed on the table. For the experts, are they that take the developer of your comfort zone, can result in even more uncomfortable answers, but they are the only means of making the professional to understand what is happening with him and his career. And, with these responses, it is possible to reach a solution and improve work performance, as did the engineer. Before deciding to change the company, she made a self-assessment to see what was bothering her. He found that his dissatisfaction stemmed from certain factors. “The weather was not comfortable, people were distant, there was a lack of autonomy to act and there was no room for my professional growth,” he explains. She only came to these conclusions because they took stock of his career and his professional profile. Doing so requires time and a hefty dose of self-knowledge and honesty with yourself. The task is not simple, but needs to be done if the trader wants to leave this state of despondency. The best thing he has to do to solve this problem is to know well and have a defined career goal, because even though he goes through obstacles, at least he knows the path he is treading