Mensurar a inteligência emocional dos funcionários, o que inclui sua capacidade de ler a linguagem corporal e de controlar frustrações, pode ser bom para as empresas, segundo um novo estudo.
Pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth, dos Estados Unidos, sugerem que a avaliação da inteligência emocional pode fornecer uma boa indicação do desempenho dos empregados em sua tarefa.
“A inteligência emocional é a capacidade de perceber emoções em si mesmos e em outros. Consciência da linguagem corporal, por exemplo. É também a capacidade de controlar a frustração e outras emoções, e lidar com elas”, disse Ronald Humphrey, professor de Administração responsável pela pesquisa.
“Este estudo oferece evidências científicas para corroborar o senso comum de que prestar atenção aos humores e emoções é bom para as empresas”, acrescentou.
Os pesquisadores compararam uma década de estudos a respeito do papel da inteligência emocional. Humphrey disse que a mensuração da inteligência emocional dos funcionários pode ser muito benéfica por indicar a capacidade de um funcionário de trabalhar bem com os colegas e de liderar.
Os estudos analisados nessa pesquisa mensuravam a inteligência emocional de três formas.
A primeira, chamada de teste com base em habilidades, usa questões de múltipla escolha para avaliar a consciência emocional da pessoa.
Outros estudos usaram testes situacionais, em que os participantes são colocados numa situação social e convidados a escolher a emoção mais apropriada.
A terceira ferramenta, chamada teste de competência emocional com modelo misto, é mais ampla em sua definição do que as outras duas, e também leva em conta fatores como a empatia pelos outros.
Humphrey acrescentou que a inteligência emocional é o segundo fator mais importante no desempenho profissional, atrás apenas da inteligência cognitiva.
“É também um fator em como administrar e liderar. O estudo sugere que uma cultura que valoriza a inteligência emocional e a compreensão das emoções é importante. As pessoas podem liderar com inteligência emocional e ter uma equipe emocionalmente competente”, afirmou.