PrimeWork (Ano IX)

Liderança, Atitude, Desafios, Ações e Conquistas para o Empreendedor Moderno

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    O Mundo todo celebra uma grande capacidade humana de empreender.

    Do mesmo modo que é vibrante, a estrada do empreendedor é repleta de obstáculos. Quer para abrir ou fazer crescer um negócio próprio, quer para avançar propositivamente dentro de uma corporação.

    Nesse sentido este blog busca preencher com informações, entrevistas e cases de sucesso pessoal e corporativo as muitas lacunas que se abrem quando surge o tema da iniciativa pessoal dos negócios.

    Esperamos que este blog, possa de alguma forma contribuir para o crescimento dos empreendedores.

    Haroldo Wittitz, Editor and Publisher

    The whole world celebrates a great human capacity to undertake.

    Similarly that is vibrant, the way to entrepreneurship is fraught with obstacles. Want to open or grow a business, want to move forward with proposals within a corporation.

    In this sense seeks to fill this blog with information, interviews and success stories of the many personal and corporate loopholes that open when the subject arises from the personal initiative of business.

    We hope this blog, can somehow contribute to the growth of entrepreneurs.

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Archive for the ‘Economia’ Category

Os impactos da terceirização

Posted by HWBlog em 06/04/2017

Foi sancionada pelo presidente Michel Temer a lei 4.302/98, que dá às empresas o direito de terceirizar qualquer atividade – mesmo naquelas que são o coração do negócio. A proposta, com texto original de 1998, não era a única a circular no legislativo, mas foi resgatada e votada pelos deputados no dia 22 de março. A flexibilização das leis trabalhistas, segundo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cumpre uma “agenda pró mercado, pró emprego” para ajudar a recuperar a economia. A declaração foi feita em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no dia 28.

Não faltaram polêmicas em torno do projeto. Os senadores tentaram se mobilizar para votar às pressas um outro projeto mais “brando” (o PL 4.330/04) sobre o qual corriam discussões desde 2015, quando o texto chegou à Casa. Caso aprovado a tempo, Temer poderia escolher qual dos dois projetos sancionar. Porém, como o prazo entre a aprovação de um projeto e a sanção do presidente é de apenas 15 dias, o tempo para os senadores conduzirem a votação do texto foi curto – e ainda esbarrou nos interesses da bancada governista. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que o projeto aprovado pelos deputados é o que deveria ser sancionado, praticamente colocando uma pá de cal sobre as alternativas.

Na sexta-feira, um ato nacional levou trabalhadores às ruas de todo o país, em protesto contra as reformas que estão sendo conduzidas pelo governo federal. As centrais sindicais entendem que o projeto oferece poucas salvaguardas aos trabalhadores. Temer poderia ter vetado alguns trechos do texto, mas o aprovou integralmente. 

A lei não determina que terceirizados recebam o mesmo salário e os mesmos benefícios dos funcionários contratados, mesmo que realizem a mesma função na empresa, não autoriza que eles se filiem ao mesmo sindicato da categoria e isenta a empresa contratante de processos judiciais – que devem responsabilizar a empresa terceirizada, a não ser em caso de falência da firma ou outro tipo de ausência. O texto também não trata da “pejotização”, em que funcionários são contratados como pessoa jurídica para realizar a prestação de serviços, de modo a tentar disfarçar vínculos empregatícios. 

Fica garantido apenas que: os terceirizados não podem realizar serviços diferentes dos quais foram contratados para exercer, que devem ter as mesmas condições de segurança funcionários contratados e que continuam garantidos pelas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), já que a empresa terceirizada é obrigada a assinar a carteira dos funcionários, a garantir os benefícios formais exigidos por lei e a assumir todos os custos referentes à contratação e demissão. A votação que permitiu que o projeto fosse aprovado foi apertada – 231 votos a favor, 188 conta e 8 abstenções – e contou com votos contrários inclusive do PSDB e do PMDB, componentes da base aliada do governo. Uma reforma completa das leis do trabalho deve começar a ser votada a partir do dia 17 de abril. O relator do projeto, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), afirmou que nada impede que possíveis ajustes à regulamentação da terceirização sejam incluídas no texto. 

A crise no mercado de trabalho

Atualmente, cerca de 12 milhões de trabalhadores brasileiros já trabalham como terceirizados, e não contavam com qualquer regulamentação legal da atividade. Todas as regras para sua atuação era baseada em jurisprudências – calcadas em decisões sobre processos trabalhistas apresentados à Justiça. Modernizar a lei para abarcar as necessidades desses trabalhadores e para garantir segurança jurídica às empresas que contratam operadoras de prestação de serviço era uma necessidade. 

O desemprego também bateu um novo recorde em fevereiro. Na sexta-feira, foi divulgado que 13,5 milhões de pessoas estão sem trabalho – um total de 13,2% da população e um aumento de mais de 3 milhões de desempregados em um único ano. Além disso, a taxa de desocupação aumentou 2%, representando um fechamento de 1,8 milhão de postos de trabalho no período. A taxa de desemprego também poderia ter sido ainda maior, mas 780.000 pessoas também migraram para a inatividade no último ano – seja por terem começado a executar algum trabalho informal ou por terem desistido de caçar alguma vaga.

Nesse cenário, a transição para um cenário com maior prestação de serviços já é realidade. O trabalho formal, com carteira assinada, também tem sido estrangulado com a crise: 1,1 milhão de vagas foram cortadas no último ano. Enquanto isso, no setor privado, a contratação de funcionários sem carteira aumentou 5,5% – uma alta de 531.000 pessoas trabalhando de forma temporária, e sem direito a benefícios. 

De acordo com o economista Márcio Pochmann, especialista em emprego da Unicamp e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Brasil viveu um momento de estímulo à terceirização na década de 1990, quando o país também estava em crise. “A terceirização é um fato, e pode ser usada com objetivo de elevar a produtividade, permitindo que a empresa se concentre em sua atividade finalística. Mas, no Brasil, historicamente o foco é o corte de custos”, afirma.

“Naquela época, a terceirização trouxe anomalias para o mercado de trabalho, como aumento da rotatividade, rebaixamento de salários e mais acidentes de trabalho”. Um estudo da Central Única dos Trabalhadores, realizado em 2015 em parceria com o Dieese, mostra que terceirizados recebem 25% menos, sofrem 80% dos acidentes de trabalho e trabalham 7,5% mais horas. Pochmann entende ainda que, em vez de o texto regularizar a atividade para garantir mais salvaguardas aos trabalhadores e às empresas, ele a generaliza.

A experiência no mundo

A flexibilização das leis trabalhistas na Espanha também se deu num cenário crítico de crise, em 2012, revelando algumas das consequências que o Brasil pode passar a enfrentar. O objetivo da reforma, como a brasileira, era reduzir a destruição de empregos facilitando as condições de contratação (e demissão) nas empresas. O desemprego de fato caiu: passou de 25% em 2012 para 17% em 2017. A mudança garantiu que vagas de trabalho fossem salvas. No final de 2016, a Espanha somava 18,5 milhões de pessoas trabalhando, 350.000 a mais do que no final de 2011, antes da reforma. 

Mas, ao mesmo tempo, a qualidade dos empregos ofertados piorou. De acordo com o pesquisador Jesus Villalón, especialista em direito do trabalho e seguridade social da Universidade de Sevilha, estima-se que a média de salários tenha caído 10% desde a reforma (hoje, os espanhóis ganham cerca de 16.000 euros por ano), com maior dano nos pagamentos para os trabalhadores de classes mais baixas e menos especializados. 

Nos países europeus (e também nos Estados Unidos), a terceirização tem caráter diferente do que se vê no Brasil, no restante da América Latina ou na Ásia. O alto custo da mão-de-obra e o câmbio incentivam que os terceirizados sejam contratados em outros países, garantindo mais competitividade no contexto global. “É comum que as fábricas espanholas contratem serviços no Marrocos ou no Extremo Oriente, em países como Paquistão ou Bangladesh”, diz o professor Villalón, de Sevilha, citando o exemplo da gigante têxtil Inditex, que praticamente não tem confecções em solo espanhol – e se envolveu em diversos escândalos relacionados a profissionais trabalhando em condições de escravidão, especialmente para a marca de roupas Zara. 

Apesar de na Espanha a terceirização ter esse caráter offshore, o modo como as empresas podem contratar no país é semelhante ao aprovado na lei brasileira. Lá, não há restrições para o tipo de serviço a ser contratado, e as empresas podem subcontratar os serviços que julgarem necessários. 

Neste momento, o partido socialista (PSOE) está conduzindo no Congresso espanhol um projeto de lei que obrigue equidade no salário de funcionários e subcontratados – ponto que a lei brasileira não cobre. O projeto cita que a terceirização é benéfica e desejável quando favorece a especialização e a incorporação de novas tecnologias ao negócio, mas ressalta que, em alguns casos, os trabalhadores terceirizados recebem até 50% menos. 

A Espanha também viu explodir os trabalhos temporários, que chega a 26% da população. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o cenário é mais grave ainda entre os jovens: 70% dos trabalhadores com menos de 25 anos estão empregados de forma temporária. A média da OCDE é de 25%.

A perda de inteligência

O país que mais pratica a terceirização são os Estados Unidos. Foi lá que o termo nasceu, em 1937, pelo economista Ronald Coase, que publicou pela primeira vez um artigo sobre esse tipo de estrutura empresarial. A difusão do conceito veio na década de 1960, quando várias empresas americanas começaram a terceirizar a produção para fábricas no México. Atualmente, cerca de 3,3 milhões de pessoas estão trabalhando para empresas americanas em outro país – e a experiência americana com a externalização da força de trabalho pode ensinar muito às empresas brasileiras.

Um estudo realizado em 2014 pelo Instituto de Política Econômica analisou os impactos da terceirização dos trabalhos para a China, desde que o país entrou na Organização Mundial do Comércio, em 2001. De lá até 2013, o comércio com a China rendeu um déficit à balança comercial americana de 240 bilhões de dólares – muito em parte pela importação de eletrônicos. Só a indústria da computação transferiu 1,2 milhão de vagas para a economia chinesa no período. As transferências fizeram com que os trabalhadores diretamente afetados perdessem 37 bilhões de dólares em renda em uma década. Mas o estudo também olhou para os 100 milhões de trabalhadores que não têm ensino superior: eles tiveram que passar a aceitar salários mais baixos para competir com os preços chineses e, ao todo, deixaram de ganhar 180 bilhões de dólares. 

Resumindo: a terceirização é inevitável, e portanto uma legislação específica sobre o tema é mais do que necessária. A questão é qual legislação, e com qual objetivo. Se bem pensada, pode trazer ganhos de produtividade, custos menores e foco na especialização. Mas, sem as salvaguardas necessárias, pode criar um cenário parecido ao espanhol: trabalhadores com mais chances de conseguir um trabalho, mas menos chances de crescimento profissional, menor proteção jurídica e rendimentos menores. As empresas, em qualquer, vão acumular menos inteligência e menos controle. É uma faceta da moeda que não tem sido analisada pelos empresários brasileiros, em geral amplamente favoráveis à medida. 

Camila Almeida

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A Utopia de um mundo revolto

Posted by HWBlog em 18/03/2017

Utopia for Realists: How We Can Build the Ideal WorldEditora: Little, Brown and Company

Autor: Rutger Bregman. Páginas: 336

A Holanda se safou de uma boa nesta semana, ao reeleger o primeiro-ministro conservador, Mark Rutte. Pró-mercado na economia, com uma sólida defesa do legado do Iluminismo nos valores, é o melhor que a Europa tem a oferecer no momento. O pior dos mundos seria embarcar na aventura populista representada por Geert Wilders, com sua agenda nacionalista, anti-imigração e anti-islâmica.

Dar ao político “estilo Trump” uma vitória agora no continente europeu, além do dano em si, daria uma perigosa impressão de onda irrefreável que fortaleceria muito as chances do populismo na França e por todo o continente. Ainda assim, é preciso dizer que a vitória de de Mark Rutte está longe de ser inspiradora, de apontar para novos caminhos ou para um sonho mobilizador

Para esse tipo de visão de sociedade, temos que nos voltar da política para os livros. E é de um holandês a mais recente e provocadora tentativa de pintar uma utopia. Uma utopia, garante o autor, realista. Estou falando de Utopia for Realists: How We Can Build the Ideal World (“Utopia para Realistas: como podemos construir um mundo ideal”), de Rutger Bregman.

Bregman é um jovem jornalista que poderia ser tranquilamente classificado no campo da esquerda europeia. Valores cosmopolitas, desejo de erradicar a pobreza e uma concepção igualitária de mundo, que recusa colocar os próprios interesses – ou os de uma nação específica – acima dos de qualquer outro. A grande diferença entre ele o restante da esquerda europeia jovem atual é que Bregman superou o preconceito com o funcionamento do mercado. Foi graças ao capitalismo global que a China tirou 700 milhões de habitantes da miséria. Nada a ver com a revolução maoísta. Bregman carece, portanto, de qualquer tentação de planificar ou microgerenciar a economia. As mudanças – bastante radicais – que ele propõe não visam a alterar esse entendimento, e na medida do possível o incorporam. Vamos a elas.

O livro dá três propostas para transformar as sociedades ricas (nós, brasileiros, ainda temos que chegar lá) em verdadeiras utopias: renda básica universal, jornada de trabalho de 15 horas semanais e fronteiras abertas. A primeira proposta é nossa velha conhecida dos discursos do ex-Senador Eduardo Suplicy. A ideia é interessante como um substituto do Estado de bem-estar e há alguma evidência em que dar dinheiro de graça às pessoas reduz o custo dela para a sociedade. Bregman cita o caso de mendigos na Inglaterra. Com menos necessidade de tribunais e serviços assistenciais, o receptor da renda mínima é capaz de resolver sua vida.

O problema é que, fora experimentos limitados, nenhum país jamais implementou essa proposta, que seria, para qualquer valor que possa garantir uma vida digna (Bregman fala em cerca de 12 mil dólares por ano), extremamente caro, exigindo a total reformulação do sistema tributário. Ele cita o exemplo do ex-presidente Richard Nixon, que quase o fez nos Estados Unidos, mas acabou sendo dissuadido. Hoje em dia, o estado do Alasca tem essa política; talvez o único jeito de convencer americanos de morarem lá. Não está claro qual seria o efeito de uma medida dessas sobre a cultura de um povo. Não tenho dúvidas de que holandeses de hoje em dia continuariam industriosos mesmo recebendo dinheiro gratuito. Mas e os filhos deles, nascidos sob a expectativa de ter todas as suas necessidades já cobertas, sem qualquer contrapartida? E para povos cuja cultura valoriza justamente a pessoa que consegue tirar mais para si contribuindo o mínimo possível? Não vou citar nomes…

A renda universal é uma proposta radical, mas ainda dentro do concebível. A jornada de 15 horas, confesso, me foi mais difícil de engolir. Para Bregman, as pessoas trabalham demais e muitos trabalhos são inúteis ou deixam o trabalhador insatisfeito. Ele aposta na tecnologia para tornar obsoleto parte do trabalho humano, o que não é impossível, e também em jornadas mais curtas para que todos possam trabalhar. Mas como seria para empresas ter que contratar, treinar e gerenciar três vezes mais pessoas para produzir a mesma quantidade? Não só os salários, mas também os tempos da jornada obedecem a forças de mercado. Não quer dizer que sejam sempre os melhores, mas imaginar que seja possível mudá-los radicalmente por decreto é temerário. Em nada ajuda que ele considere o PIB uma medida de pouca importância.

Bregman pouco considera que não só o trabalho, mas também – e especialmente – o tempo livre pode entediar e gerar frustração existencial nos homens. A falta de desafios exteriores (ter que se sustentar, ter que aguentar o chefe, etc.) não é algo fácil de se lidar para muita gente.

Por fim, fronteiras abertas é uma medida possível e que, no que diz respeito à economia, Bregman está certo. Deixar que incentivos e forças de mercado determinem o emprego e levem a migrações aumentaria a produtividade mundial e tiraria outras centenas de milhões da pobreza (embora significasse também uma transição delicada para os trabalhadores nativos que teriam salários menores). O problema está nos aspectos culturais e sociais que ele insiste em ignorar, como se não existissem. E foi esse tipo de negação de questões reais que fortaleceu os piores demagogos corajosos o bastante para mencioná-las.

Se milhões de sudaneses e sírios entrassem na Holanda para viver de renda universal e trabalhar 15 horinhas, a sociedade holandesa continuaria de pé? Ou viraria um novo Sudão, incapaz de sustentar as próprias instituições que fizeram da Holanda um lugar propício para criar riqueza e viver em paz? Há, afinal de contas, bons motivos pelos quais a política imigratória deve, sim, buscar acolher imigrantes, mas fazê-lo de maneira controlada, não com a avalanche que a abertura das fronteiras permitiria, nesses tempos de alta mobilidade global.

No final das contas, não me convenço da utopia de Bregman. Mas ela permanece uma tentativa inspirada de fazer o que poucos fazem: criar visões de sociedades que nos inspirem a trabalhar por um ideal. Algo para sonhar e que nos tire da triste obsessão de apenas acompanhar a variação do PIB. Como brasileiro, no entanto, penso que seria bom que, pelo menos em sonho, o PIB continuasse a subir.

Joel Francisco Pinheiro

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Diversidade que pesa no bolso

Posted by HWBlog em 08/03/2017

As empresas que não investem na igualdade de gênero estão perdendo dinheiro. Estudos mostram que as organizações que têm mulheres ocupando cargos executivos têm mais retorno financeiro e menos risco na tomada de decisões. O problema é conhecido: elas ainda estão longe dos cargos de liderança, numa escassez que começa no recrutamento e passa pela falta de interação das mulheres com os chefes.

Uma pesquisa do Peterson Institute for International Economics, publicada em 2016, revela que companhias em que pelo menos 30% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres têm rentabilidade até 15% maior. Foram levados em conta os dados de 22.000 empresas de capital aberto em 91 países.

Apesar dos benefícios para a receita, as mulheres líderes ocupam apenas 19% dos cargos de presidência nas empresas pelo mundo, de acordo com o relatório da consultoria empresarial McKinsey “Women in the Workplace 2016”. O problema é bem maior no topo do que na base. Nos cargos de entrada, a representatividade de mulheres é de 46%.

Dados da consultoria Grant Thornton, que publica anualmente o International Business Report (IBR) – Women in Business, mostram que o número de mulheres liderando negócios no Brasil é 16%. A pesquisa, realizada em 36 países, consulta 2.500 empresas, sendo 150 brasileiras.

O problema da falta de promoção para as mulheres começa cedo. O mesmo relatório mostra que as mulheres são preteridas logo na primeira promoção. Para cada grupo de 130 homens escolhidos para ocupar cargos de gerência, apenas 100 mulheres têm a mesma oportunidade. O estudo mostra que as mulheres são menos escolhidas para receber tarefas desafiadoras e são menos convocadas para participar de decisões estratégicas.

A igualdade traria benefícios não só para as empresas, mas também para a economia como um todo. De acordo com o relatório “O Poder da Paridade” também da consultoria McKinsey, caso as mulheres ocupassem o mesmo espaço no mercado de trabalho que os homens, o PIB global teria um incremento de 28 trilhões de dólares em 2025, uma alta de 26%. Se o Brasil tivesse igualdade, os ganhos ao PIB em 2025 seriam de 850 bilhões de dólares, gerando um aumento de 14% na comparação com as previsões no cenário atual.

Mais valor às mulheres

A questão que se impõe é como fazer as mulheres chegarem ao topo? Para a especialista em atuação da mulher no mercado de trabalho Regina Madalozzo, PhD em economia e professora do Insper, é preciso que as empresas, primeiro, identifiquem suas deficiências. “O mais importante é decidir qual tipo de programa vai ser adotado. Se algumas áreas não têm presença de mulheres, o programa precisa corrigir as práticas de recrutamento. Uma forma de fazer isso é ter como obrigatoriedade sempre compor as seleções com candidatos de qualidade de ambos os sexos”, afirma.

De acordo com a especialista, é comum que as empresas acreditem que estão realizando os processos da forma mais meritocrática possível, sem chegar a reconhecer problemas estruturais que levam ao benefício dos homens no mercado. E isso é mais latente quando se fala de promoções. “As empresas precisam aprender a verificar porque está sendo mais fácil para os homens cumprir os critérios de cargos melhores do que para as mulheres. Muitas vezes, é preciso rever as políticas de avaliação e os investimentos que são feitos nas funcionárias”, diz Maladozzo.

Para a sócia da McKinsey Heloisa Callegario, uma forma de melhorar o acesso das mulheres aos cargos de gerência e direção é ampliando a conexão das mulheres com os líderes das empresas. “Normalmente, os homens tendem a procurar mais programas de mentoria e fazem mais networking com os executivos. As mulheres normalmente preferem falar com mulheres, e precisam ser mais estimuladas a se relacionar com as lideranças”, afirma.

E, nessa discussão, um mito precisa ser derrubado: o de que as mulheres não chegam a cargos de direção por causa da família. De acordo com a sócia da consultoria de serviços financeiros PwC, Ana Maldevio, que é também líder de diversidade na empresa, o problema é a sub-valorização das funcionárias mulheres. “O fato de elas não receberem o mesmo salário e não terem as mesmas oportunidades de promoção é o que afasta as mulheres da carreira. Elas não saem para ter filhos”, afirma. Por isso, políticas que promovem maior flexibilidade para ajudar a conciliar os cuidados com a família são importantes, mas não resolvem o problema. “Durante o primeiro ano dos filhos, as mulheres precisam ter maior liberdade para fazer home-office e para remanejar sua carteira de clientes, por exemplo, de forma que não possam fazer menos viagens a trabalho, mas são medidas de apoio”, diz Maldevio, da PwC. “Para que elas cresçam profissionalmente, o importante é que se mude a mentalidade dos gestores em relação ao papel que as mulheres desempenham nas empresas”, diz

Mudança de paradigma

Com 81% dos presidentes de empresas sendo homens mundo afora, as pautas de gênero não costumavam ser presente nas discussões. Mas isso está mudando, especialmente nas grandes corporações. “Essas empresas já perceberam que têm critérios enviesados que acabam beneficiando os homens, e entenderam como a diversidade é importante para transformar esses processos”, afirma Regina Maladozzo, do Insper. Boa parte, inclusive, adota cotas para mulheres em seus conselhos de administração. A Noruega foi pioneira ao definir, por lei, que as mulheres devem ocupar 40% das vagas nos conselhos.

Contar com um quadro de lideranças que contempla múltiplas etnias e orientações sexuais faz com que as empresas sejam mais inovadoras e tenham mais potencial para crescer. De acordo com a pesquisa da Universidade Harvard com 1.800 funcionários de mais de 40 empresas, companhias com lideranças diversas são 45% mais efetivas em melhorar a participação de mercado e 70% melhores em conquistar novos mercados. “As lideranças começaram a perceber que a diversidade é questão de sustentabilidade dos negócios”, afirma Maldevio, da PwC.

No Brasil, uma pesquisa realizada pela Câmara Americana do Comércio com 350 executivos e executivas mostrou que 76% acreditam que homens e mulheres não são tratados da mesma forma nas empresas. Apesar disso, apenas 49% adotam medidas de equidade nas companhias e, nesse grupo, só 19% acham que os programas estão sendo tocados de forma adequada.

Uma pesquisa da McKinsey mostra que as empresas que têm pelo menos uma mulher em seu corpo executivo têm 40% mais retorno financeiro. “Esse tema tem que ser visto como uma questão estratégica como qualquer outro tema estratégico”, afirma Callegario, da McKinsey. “Está na hora de os líderes começarem a entender que as mulheres na liderança trazem resultados melhores, e não apenas porque são mulheres, mas porque a diversidade – com sua pluralidade de perspectivas e experiências – ajuda a tomar decisões melhores”.

Por Camila Almeida

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Brasil caminha para uma depressão econômica

Posted by HWBlog em 07/12/2015

brasil 1Banco (Goldman Sachs) revisou a sua previsão para o PIB para contração de 3,6% em 2015 (com a demanda interna devendo cair mais de 6%) e recuo de 2,3% no ano que vem

O que começou com uma recessão impulsionada pelas necessidades de ajuste de uma economia com grandes desequilíbrios macroeconômicos acumulados agora está se transformando em uma depressão econômica dada a profunda contração da demanda interna.

Esta é a avaliação do economista para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, que revisou a sua previsão para o PIB para contração de 3,6% em 2015 (com a demanda interna devendo cair mais de 6%) e recuo de 2,3% no ano que vem após os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na previsão anterior, o Goldman esperava uma queda de 3,2% da economia este ano e de 1,6% ano que vem.

O IBGE divulgou que a queda do PIB foi de 4,5% no terceiro trimestre de 2015 ante igual período de 2014, o maior recuo nessa base de comparação desde o início da série do instituto, iniciada em 1996.

O economista ressalta que o consumo privado registra queda por três trimestres consecutivos, as despesas de investimento têm baixa por nove trimestres seguidos, enquanto a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) caiu 21% desde o segundo trimestre de 2013, o que impacta o crescimento da produtividade e deve impactar ainda mais o PIB potencial.

“Surpreendentemente, enquanto o setor privado tem registrado ajuste, o consumo do governo cresceu 0,3% na comparação trimestral. Isto atesta a incapacidade das autoridades para entregar o ajuste fiscal prometido fora os severos cortes no investimento e uma carga fiscal mais elevada”, afirma.

As projeções para baixo do PIB e a queda da demanda doméstico têm como base os contratempos enfrentados pelo País, tais como: (1) condições financeiras desafiadoras, (2) alta inflação, (3) a deterioração adicional do mercado de trabalho, (4) os níveis mais elevados de estoques nos principais setores industriais, (5) tarifas públicas mais altas, (6) os elevados níveis de endividamento das famílias, (7) fraca demanda externa, (8) os preços das commodities mais baixos, (9) a incerteza política crescente, e (10) a baixa confiança dos consumidores e para os negócios.

No lado positivo, uma taxa de câmbio mais competitiva e a fraca procura interna deverá gradualmente elevar a contribuição das exportações líquidas para o crescimento e fornecer um piso para a contração esperado do PIB em 2015 e 2016, afirma o banco.

No lado da demanda, a despesa de investimento tem assumido a maior parte do ajuste e a indústria permanece presa em uma profunda e longa recessão (a produção industrial está atualmente no mesmo nível de setembro de 2005).

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Como aproveitar as oportunidades que toda crise oferece

Posted by HWBlog em 01/05/2015

oportunidades criseO cenário está complicado… Complicado como? Os fatos básicos podem ser comuns a todos – inflação, juros, dólar alto, retração do consumo, arroxo fiscal, entre outros pontos, que acabam pesando no fluxo de caixa e na gestão do negócio – mas, o que isto significa especificamente para você e para sua empresa? É ruim? É neutro? É bom? Não se engane: para algumas empresas, é muito bom.

Um dos maiores erros que um empreendedor pode cometer em um momento de crise é “andar com a manada”. Nas crises, sempre existem oportunidades, só que, quase por definição, elas não estão disponíveis para todos. Outro erro é arrogantemente achar que “nada mudou” e que a crise não tem impacto sobre o seu negócio. Provavelmente tem. E é importante entender quais são.

Para surfar na onda da crise, é preciso ter atenção, capacidade analítica e uma certa habilidade de ficar imune ao mau humor que toma conta do ambiente. Há uma certa fala turbulenta e assustadora que alimenta e é alimentada pela mídia (é a oportunidade dela na crise!), mas que, no fundo, faz bem pouco sentido estruturalmente.

A capacidade de planejar na crise é essencial. Sinceramente, também não é tão difícil. É claro que o plano não vai ser tão cheio de detalhes, as metas provavelmente terão que ser renegociadas ao longo do caminho. Eu diria que esta é mais hora de focar no essencial do que de entrar em aventuras. Mas dá para fazer! É só ter método.

Segundo os professores Nathan Bennett e G. James Lemoine, em um artigo brilhante da HBR chamado “What VUCA Really Means for You”, o plano demandará certas características específicas de acordo com a dinâmica dominante nos espaços competitivos em que você decidir jogar.

VUCA é o acrônimo de Volatility (Volatilidade), Uncertainty (Incerteza), Complexity (Complexidade) e Ambiguity (Ambiguidade). É uma forma simples e prática de entender com que tipo de cenário estamos lidando:

Se a dinâmica for de grande Complexidade (muitas partes e variáveis interconectadas de forma, na prática, imprevisível), o plano terá que incluir a construção de recursos para lidar com a complexidade, como contratação de especialistas e reestruturação de processos de coleta e processamento de informações.

Se a dinâmica for de grande Volatilidade (o desafio é inesperado ou instável, mas não necessariamente difícil de entender), o plano terá que gerenciar cuidadosamente risco e custo. Por exemplo, a estratégia de busca do estoque ideal em um operador logístico vai ter que balancear risco de ruptura e risco de endividamento excessivo. As premissas para tomada de decisão desta questão têm que fazer parte do plano.

Se a dinâmica for de grande Ambiguidade (as relações causais no ambiente são totalmente obscuras e muitas coisas nem sabemos que não sabemos), o plano terá que incluir testagem e prototipagem. Ou o risco de fracasso será exagerado.

Se a dinâmica for de grande Incerteza (sabemos como os eventos se comportam, mas nem sempre temos a informação necessária para tomada de decisão), o plano terá que definir formas de coletar, organizar e processar informação no tempo adequado para a tomada de decisão tática-operacional.

O cenário não é o mesmo para todos os setores e empresas. Cada um é afetado pela conjuntura de uma forma diferente e específica. Pare e pense. De que forma sua empresa está sendo afetada?

O que você tem que fazer para colher as oportunidades que esta crise lhe oferece?

Qual é o seu plano?

por Daniel Castello

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“50 anos de Soneca”

Posted by HWBlog em 18/04/2014

sonecaPara que a economia volte a crescer mais de 2% a.a. o Brasil precisa lidar com a falta de produtividade do trabalho, um problema antigo no país.
A conclusão é da revista britância “The Economist”, em reportagem intitulada ” 50 anos de soneca”.
O texto, que está na edição impressa e, desde ontem, no site da publicação, destaca que a força de trabalho brasileira contribui com apenas 40% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), percentual menor que o de outros países emergentes, apontou a revista, citando dados do Instituto Conference Board.
A produtividade no Brasil já teve fases de avanço. A última se deu entre os anos de 1960 e 1970, há cerca de meio século. A partir daí ficou estagnada e manteve abaixo da verificada em outros emergentes, como a Índia, onde o índice é de 67%, e a China, onde vai a 91%.
Segundo a “Economist’ o fenômeno está relacionado a problemas com os quais o país tenta lidar já algum tempo. Entre eles, o baixo investimento em infraestrutura, que, no Brasil, é de 2,2% do PIB, contra a média de 5,1% de outras nações em desenvolvimento.
Educação precária e pouca inovação, com baixa produção de patentes, também são apontados como fundamentos para a falta de produtividade do trabalho no Brasil.
A combinação destes fatores resulta em um ambiente propício para atrasos e baixa eficiência, conclui a revista.
Filas, engarrafamentos e quebras de prazos se tornaram comuns no país, segundo a “Economist”.
Os brasileiros se tornaram anestesiados em relação a isso, avalia o professor Regis Bonelli, da Fundação Getúlio Vargas, na reportagem.
A solução para o nó da eficiência no trabalho, conclui a revista, passa por menor intervenção do Estado na economia.
A “Economist” cita a recomendação de Marcos Lisboa, professor do Insper: mais setores devem seguir exemplos observados na agricultura e nos serviços financeiros, que foram desregulados e aumentaram a eficiência em 4% a cada ano na década de 1990.

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Área tributária ganha importância nas empresas

Posted by HWBlog em 19/12/2012

Área tributária ganha importância nas empresas

Segundo estudo da KPMG na América Latina, 100% dos líderes tributários e fiscais têm sido vistos como parceiros estratégicos do negócio

Apesar de departamentos fiscais de empresas latino-americanas dedicarem mais horas a atividades de compliance (cumprimento das obrigações regulares de apurações dos diversos impostos) do que a atividades estratégicas, os líderes dessas áreas em países latinos consideram como prioridade uma maior interação com os altos executivos da empresa e eles têm assumido papeis como importantes parceiros nas decisões de negócios.

É o que aponta a pesquisa Future Focus: Tax and Transformation in Iberoamerica’s New Business Reality, realizada pela KPMG’s, com os primeiros resultados de um estudo internacional sobre o impacto das questões fiscais na nova realidade de negócios da América Latina.

A pesquisa, realizada na Argentina, Brasil, Chile e México, teve a participação de 200 líderes dos setores tributários de empresas, e mostrou que o percentual de entrevistados latino-americanos que têm uma estratégia fiscal conectada com a estratégia comercial aumentou de 91% em 2009 para 97% em 2012. No Brasil, esse índice corresponde a 100%, o que demonstra maior valorização do setor fiscal dentro das empresas.

Houve também notável crescimento no número de empresas que dizem que sua estratégia fiscal tem aprovação da diretoria da empresa (de 83% em 2009 para 91% em 2012). Para 87% dos entrevistados, a diretoria e/ou a liderança corporativa estão diretamente envolvidas na estratégia tributária – um aumento significativo desde 2009 (61%). No Brasil, está ligeiramente acima da média, com 88%.

Para Cecílio Schiguematu, sócio-líder de TAX da KPMG no Brasil, “trata-se de um passo fundamental que ajudará empresas a evitarem equívocos, reduzirem riscos,  buscarem oportunidades e prosperarem na nova realidade de negócios”.

Brasil acima da média

Com total integração entre as estratégias fiscal e de negócios nas empresas brasileiras, 88% da diretoria das empresas consultadas mantém um envolvimento direto entre as áreas, investindo 88% em melhorias de tecnologia e 90% em controle de risco. Ainda, 64% dos entrevistados brasileiros disseram que farão mudanças na estrutura do departamento no futuro próximo, contra 40% da América Latina.

A pesquisa mostra ainda a importância da área de compliance (80%) e dos relatórios financeiros (67%), os quais devem ser o foco de seus departamentos fiscais nos próximos 12 meses.

Espera-se que o setor tributário gaste cerca de metade de seu tempo com atividades de compliance. Isso contrasta com apenas cerca de 30% do tempo dedicado ao planejamento tributário. Estima-se que atividades mais avançadas e de apoio aos negócios, como a melhoria no processo fiscal e a integração com outras áreas de negócios, consumam apenas 10% do tempo do departamento.

Sobre a Pesquisa

Desde 2006, subsidiárias da KPMG no mundo têm monitorado a evolução dos setores fiscais por meio de uma série de pesquisas comparativas com líderes fiscais no mundo todo.

10 características de um sistema tributário competitivo

A competição entre países para o investimento estrangeiro vai crescer. Por isso, um país pode ser capaz de atrair mais investimento estrangeiro e aumentar a receita com a presença de multinacionais e empresas estrangeiras por mais, a partir de um sistema tributário com as seguintes características:

1. Ampla base tributária

2. Competitivas taxas de imposto

3. Transparência

4. Neutralidade

5. Simplicidade

6. Estabilidade

7. Eficiência

8. Equilíbrio entre os diversos impostos

9. Patrimônio (horizontal e vertical)

10. O respeito pelo Estado de Direito

– Jornal Folha de SP (Brasil)

Area tax gains importance in business

According to a study by KPMG in Latin America, 100% of the tax and fiscal leaders have been viewed as strategic business partners

Although tax departments of Latin American companies devote more hours to compliance activities (regular fulfillment of the obligations of the various tax calculations) than strategic activities, the leaders of these areas in Latin countries consider as a priority greater interaction with top executives the company and they have assumed important roles as partners in business decisions.

That’s what the research shows Future Focus: Tax and Transformation in Iberoamerica’s New Business Reality, conducted by KPMG’s, with the first results of an international study on the impact of tax issues in the new reality of business in Latin America.

The survey, conducted in Argentina, Brazil, Chile and Mexico, had the participation of 200 leaders in business tax, and showed that the percentage of respondents in Latin America who have a tax strategy connected with the business strategy increased from 91% in 2009 to 97% in 2012. In Brazil, this figure corresponds to 100%, which demonstrates greater appreciation of the fiscal sector within companies.

There was also significant growth in the number of companies that say their tax strategy has approval from the board of the company (83% in 2009 to 91% in 2012). For 87% of respondents, the board and / or corporate leadership are directly involved in tax strategy – a significant increase since 2009 (61%). In Brazil, is slightly above average, with 88%.

To Cecílio Schiguematu, socio-TAX leader of KPMG in Brazil, “it is a fundamental step that will help companies to avoid misunderstandings, reduce risks, seek opportunities and thrive in the new business reality.”

Brazil above average

With complete integration between business and tax strategies in Brazilian companies, 88% of companies surveyed board maintains a direct engagement between areas, investing 88% improvements in technology and 90% in risk control. Still, 64% of respondents said that Brazil will make changes in the structure of the department in the near future, against 40% in Latin America.

The research also shows the importance of compliance area (80%) and financial reporting (67%), which should be the focus of their tax departments over the next 12 months.

It is expected that the tax industry spends about half his time on compliance activities. This contrasts with only 30% of the time devoted to tax planning. It is estimated that more advanced activities and business support such as tax process improvement and integration with other business areas, consume only 10% of the time the department.

About the Survey

Since 2006, subsidiaries of KPMG in the world have been monitoring the evolution of fiscal sectors through a series of comparative research with tax leaders worldwide.

10 characteristics of a competitive tax system

The competition among countries for foreign investment will grow. Therefore, a country may be able to attract more foreign investment and increase revenue with the presence of multinational and foreign companies for more from a tax system with the following characteristics:

1. Broad tax base

2. Competitive tax rates

3. Transparency

4. Neutrality

5. Simplicity

6. Stability

7. Efficiency

8. Balance between the various taxes

9. Heritage (horizontal and vertical)

10. Respect for the rule of law

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O que a BlackRock espera da economia em 2013

Posted by HWBlog em 13/12/2012

o que a blackrockGestora de investimentos projeta como mais provável cenário com os Estados Unidos crescendo mais que os outros países do mundo desenvolvido – e atenção no abismo fiscal

As previsões do Instituto de investimentos da BlackRock para 2013 apontam para uma  virada positiva, embora gradual, em condições globais econômicas e de investimento. É isso que afirma o relatório “Uma Virada Lenta no Horizonte?” divulgado pela gestora de investimentos nessa semana.

“Estamos vendo o mundo que está indo em direção a “coisas boas”, embora lentamente com a pressão de redução de alavancagem em várias regiões do mundo desenvolvido”, afirma o relatório. Muitos indicadores de crescimento e apetite pelo risco estão melhorando em 2013, mas partindo de uma base reduzida e previsões baixas, segundo o Instituto de investimentos da BlackRock.

No meio do ano, a avaliação do Instituto de pesquisa da BlackRock apontou uma maior probabilidade – entre 40% e 45% – para um cenário de “estagnação” com pouco crescimento da economia global e perda de fôlego nos Estados Unidos e nas economias emergentes.  Mas, no final do ano, a revisão da pesquisa reduziu a probabilidade desse cenário para 30%.

Agora, o cenário mais provável (35%) é chamado “Era de Separatismo”. Nessa projeção, os Estados Unidos crescem mais que o resto do mundo desenvolvido e as economias – e ativos – emergentes superam as expectativas. Durante essa “Era de Separatismo”, a Europa deve continuar em uma recuperação muito lenta enquanto o crescimento da economia chinesa acelera.

Ao mesmo tempo, a BlackRock aumentou a probabilidade de um cenário de “crescimento” – chamado de “Crescimento Positivo” – para 20%, comparado com 5% a 10% em julho.

Nesse cenário, as principais economias, como os Estados Unidos, China e Europa, crescem mais que previsto e a economia global começa a depender menos do estímulo monetário.  Mas, de acordo com o Instituto, sem uma resolução para o abismo fiscal dos EUA, a possibilidade desse cenário de crescimento cai 10 pontos.

De acordo com o relatório, alguns acontecimentos positivos que podem acontecer incluem uma aceleração da criação de crédito, a venda de instrumentos de curto prazo como títulos comerciais, uma grande acerto para o orçamento dos Estados Unidos, que resolveria seus problemas fiscais, e reformas estruturais na China, Brasil e Índia para ampliar o crescimento.

De acordo com a pesquisa, a possibilidade de um cenário de “Corrida Inflacionária” – com preços de commodities em alta e políticas de flexibilização monetária aumentando a inflação global, efetivamente cortando o endividamento do mundo desenvolvido – foi mantida em 5%.

Recessão global

Hoje, a possibilidade de um cenário de “Nemesis Redux” – com uma recessão global, realização de ativos a preços reduzidos, revolta social e grandes perdas em todas as categorias de ativos – caiu de 15%-20% em julho para 10%, de acordo com a BlackRock.

Existe uma chance menor de Nemesis porque os riscos de um colapso da Zona do Euro são menores e a economia chinesa está mais forte, segundo o relatório.  Mas ,o abismo fiscal é uma variável importante – sem uma solução, a possibilidade de um cenário Nemesis sobre para 20%.

Estados Unidos

A BlackRock projeta que a economia dos Estados Unidos deve ganhar força e apoiar o crescimento global. Isso, se o governo conseguir evitar o abismo fiscal e chegar a um acordo para criar um orçamento sustentável.

“Esperamos que os políticos reencontrem a arte perdida de negociar. A comunidade empresarial e os eleitores enviaram sinais fortes para Washington pedindo colaboração. Sem uma aproximação política, o abismo fiscal será uma nuvem fiscal sobre os mercados em 2013”, afirma o material.

Os próximos passos do Fed merecem muita atenção, segundo a BlackRock, que acredita que o banco central dos Estados Unidos não deve elevar as taxas de juros no futuro próximo, mas pode reduzir o estímulo monetário se houver sinais de uma redução mais rápida do desemprego durante o segundo semestre de 2013.

Europa

A Black Rock acredita que com apoio de impostos reduzidos na Alemanha, a Zona do Euro poderá superar as previsões (muito baixas) de crescimento em 2013. Mas a recuperação europeia pode demorar “vários anos”, com o processo de redução de alavancagem e a necessidade de reformas estruturais, afirma o relatório.

Ásia

Na Ásia, o Japão deve manter ou até afrouxar sua política monetária sob a nova liderança política e do Banco Central, segundo a BlackRock. A China enfrenta desafios a longo prazo – como a mudança de uma economia centralizada baseada em investimentos para uma economia de consumo. “A mudança será lenta mais progressiva”, afirma o relatório

Riscos

Entre os riscos que o mundo enfrenta – como os conflitos do Oriente Médio, que podem causar um aumento do preço de petróleo ou a disputa territorial da China com o Japão e outras nações sobre ilhas desertas – a BlackRock afirma que os grandes erros políticos que poderiam arrastar o mundo de volta para a recessão eram uma grande preocupação um ano atrás e, hoje, parecem ser menores. “Então, é possível que exista um risco, o risco da complacência”, afirma.

A BlackRock destacou que alguns eventos políticos devem influenciar os mercados em 2013, como as eleições na Itália, Alemanha e Israel, entre outros países, e a reforma do orçamento dos EUA.

– Beatriz Olivon

What BlackRock expects the economy in 2013

Investment management projects as most likely scenario with the U.S. growing faster than other countries in the developed world – and focus on fiscal abyss

The predictions of the Institute of BlackRock’s investments for 2013 indicate a positive turn, though gradual, global economic conditions and investment. That is what the report says “A Slow Turn on the Horizon?” released by investment manager this week.

“We’re seeing that the world is heading toward” good things “, albeit slowly with the pressure of deleveraging in various regions of the developed world,” the report says. Many indicators of growth and risk appetite are improving in 2013, but from a low base and low forecasts, according to the BlackRock Investment Institute.

At mid-year evaluation of the Institute’s research indicated a greater likelihood BlackRock – between 40% and 45% – for a scenario of “stagnation” with little growth in the global economy and loss of strength in the U.S. and emerging economies. But at the end of the year, a review of research reduced the likelihood of this scenario to 30%.

Now, the most likely scenario (35%) is called “Age of Separatism.” In this projection, the United States grow more than the rest of the developed world and economies – and assets – emerging exceed expectations. During this “Age of Separatism,” Europe must continue on a very slow recovery while Chinese economic growth accelerates.

At the same time, BlackRock increased the likelihood of a scene of “growth” – called “Positive Growth” – to 20%, compared with 5% to 10% in July.

In this scenario, the major economies such as the U.S., China and Europe, growing more than expected and the global economy begins to depend less monetary stimulus. But, according to the Institute without a resolution to the U.S. fiscal gap, the possibility of this growth scenario falls 10 points.

According to the report, some positive developments that may occur include an acceleration of credit creation, the sale of short-term instruments like commercial paper, a big hit to the budget of the United States, that would solve its fiscal problems and structural reforms China, Brazil and India to expand growth.

According to research, the possibility of a scenario “Inflation Race” – with commodity prices rising and monetary easing policies increasing global inflation, effectively cutting the debt in the developed world – was kept at 5%.

Global Recession

Today, the possibility of a scenario “Nemesis Redux” – with a global recession, realization of assets at low prices, social unrest and major losses in all categories of assets – fell from 15% to 20% in July to 10% according to BlackRock.

There is less chance of Nemesis because the risks of a collapse of the eurozone are lower and the Chinese economy is stronger, the report said. But the fiscal gap is an important variable – without a solution, a possible scenario for Nemesis about 20%.

USA

BlackRock predicts that the U.S. economy is gaining strength and support global growth. That, if the government can avoid the tax gap and reach an agreement to create a sustainable budget.

“We hope that politicians rediscover the lost art of negotiating. The business community and the voters sent strong signals to Washington asking for collaboration. Without a political approach, the fiscal gap will be a cloud over markets in fiscal 2013,” says the material.

The next steps of the Fed deserve much attention, according to BlackRock, which believes that the U.S. central bank should not raise interest rates in the near future, but can reduce the monetary stimulus if there are signs of a more rapid reduction in unemployment during the second half of 2013.

Europe

The Black Rock believes that with the support of reduced taxes in Germany, the eurozone could overcome the predictions (very low) growth in 2013. But the European recovery may take “several years” with the process of deleveraging and the need for structural reforms, the report said.

Asia

In Asia, Japan should maintain or even loosen its monetary policy under the new political leadership and the Central Bank, according to BlackRock. China faces long-term challenges – such as the shift from a centrally planned economy based on investments in a consumer economy. “The change is slow but progressive,” the report states

Risks

Among the risks facing the world – such as the conflicts in the Middle East, which may cause an increase in the price of oil or the territorial dispute between China and Japan and other nations on deserted islands – BlackRock says that major policy mistakes that could drag the world back into recession were a major concern a year ago, and now appear to be minor. “So there might be a risk, the risk of complacency,” he says.

BlackRock said that some political events should influence the markets in 2013, as the elections in Italy, Germany and Israel, among other countries, and reform of the U.S. budget

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Um novo “New Deal” mundial

Posted by HWBlog em 28/05/2012

Recentes acontecimentos políticos, como a derrota dos governistas na França e Grécia, indicam que a tolerância do público com políticas econômicas que não reduzem o desemprego implodiu. De fato, tendo em vista a atual situação alarmante na economia e no emprego em muitos países e a falta de perspectivas de recuperação no horizonte, há probabilidades de mais turbulências políticas à frente, a menos que as autoridades mudem de rumo de forma condizente.

A crise econômica eliminou mais de 50 milhões de empregos, na sequência de anos de aumento na desigualdade e de crescimento econômico baixo e pobre em geração de empregos nos países mais ricos. Desde 2007, os índices de emprego subiram em apenas seis entre 36 economias avançadas, enquanto o desemprego aumentou na grande maioria tanto dos países emergentes como dos já consolidados.

No curto prazo, a crise mundial deverá tornar-se pior, já que muitos governos, especialmente nas economias avançadas, priorizam a austeridade fiscal e reformas rigorosas no mercado de trabalho, mesmo que essas medidas corroam a renda, meios de vida e o tecido social.

Paralelamente, apesar da flexibilização monetária quantitativa, muitas empresas veem-se com acesso limitado ao crédito, o que contém investimentos e reduz a criação de empregos. O crédito fácil antes da crise encorajou o excesso de investimentos em setores que se imaginavam lucrativos, como o imobiliário. Não é de surpreender que o excesso de capacidade resultante agora desencoraje os investimentos privados na economia real.

Com o aumento da desigualdade e o desemprego e o encolhimento da renda e dos mercados domésticos, todos esperam recuperar-se exportando – uma solução obviamente impossível. Os países em desenvolvimento, por muito tempo encorajados e até pressionados a exportar e aderir à globalização, foram aconselhados repentinamente a mudar de direção: a produzir para o mercado doméstico e importar mais. A ironia é que esse conselho chega quando boa parte de sua antiga capacidade produtiva desapareceu.

Muitas economias de mercados emergentes, no entanto, depois de várias crises no câmbio e nas contas de capitais em tempos de maior abertura, ainda se sentem inclinadas a acumular reservas internacionais gigantescas como forma de proteção diante da maior volatilidade financeira mundial. Enquanto isso, o “espaço de políticas” nacionais para recuperar as economias encolheu desde a crise.

Investimentos públicos e proteções sociais básicas podem ajudar a mudar isso, criando milhões de empregos. Apesar das fortes evidências em contrário, no entanto, a suposição de que o investimento público tira de cena o capital privado continua a desencorajar esforços de recuperação econômica encabeçados por governos.

Na verdade, historicamente, as economias mais avançadas já viveram com déficits fiscais bem maiores do que os atuais, e não apenas em tempos de guerra. Esses déficits financiaram expansões sólidas, sustentáveis e inclusivas, não apenas para suas próprias economias, mas também para o exterior – como o Plano Marshall nos Estados Unidos, tão importante para a reconstrução e recuperação europeia do pós-guerra.

Agora, contudo, como a transferência avassaladora de recursos financeiros dos governos para salvar determinadas instituições privadas consideradas grandes demais para falir levou a um aumento drástico no endividamento soberano, as autoridades impuseram a austeridade fiscal em deferência às exigências dos mercados de bônus. Enquanto isso, os países da região do euro veem-se restringidos, não apenas por seu fetiche fiscal, mas também por sua falta de flexibilidade no câmbio.

Além disso, a cooperação multilateral em favor da recuperação mundial vem sendo decepcionante desde 2009 – o ano dos encontros do G-20 em Londres e Pittsburgh e do Pacto Mundial pelo Emprego *, que trouxe poucos progressos significativos desde então. Como resultado, os últimos três anos testemunharam poucas ações orientadas ao desenvolvimento e adoção de estratégias que tragam uma recuperação sólida, sustentável e inclusiva. Em vez disso, vimos emergir um protecionismo gradual, e não apenas no front do comércio exterior.

Como, então, o mundo pode escapar desse beco sem saída construído pelas perspectivas de curto prazo dos mercados financeiros e da política eleitoral?

Embora o multilateralismo inclusivo tenha sido abalado por vários desafios, incluindo sua aparente desordem e progresso lento, continua como a melhor opção, por vários motivos. O sistema da Organização das Nações Unidas (ONU) precisa ser mais proeminente, mas interesses poderosos também precisam permitir que desempenhe um papel maior.

Em 2009, admitindo que apenas as forças de mercado não iriam gerar os investimentos necessários para atenuar as mudanças climáticas assim como alimentos acessíveis para todos, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon propôs um “New Deal Verde Mundial”, com parcerias público-privadas e entre países, especialmente para gerar energia renovável e aumentar a produção sustentável de alimentos.

Sob a recente liderança francesa, o Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de décadas promovendo a globalização e a liberalização econômica – especialmente financeira -, tornou-se mais cuidadoso, se não cético, quanto às suas análises, prescrições e atividades prévias. Da mesma forma, iniciativas recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – como a Globalização Justa**, o Pacto Mundial pelo Emprego e o Piso de Proteção Social*** – são diretamente relevantes, todas, para lidar com a estagnação atual.

A estrutura única da OIT entre as organizações internacionais, de inclusão de trabalhadores e empregadores como parceiros sociais em sua governança tripartite lhe permite ajudar a liderar os processos, certamente complicados, necessários para assegurar um crescimento e uma recuperação sólidos, sustentáveis e inclusivos. Portanto, talvez mais do que nunca nas últimas décadas, as instituições multilaterais inclusivas agora estão na mesma página. Seus esforços precisam, agora, do apoio que merecem.

Jomo Kwame Sundaram: Author

Haroldo Wittitz: Editor and Publisher

A new “New Deal” world

Recent political events as the defeat of the government supporters in France and Greece, indicate that the tolerance of the public with economic policies that do not reduce unemployment imploded. In fact, in view of the current alarming situation in the economy and employment in many countries and the lack of prospects for recovery on the horizon, there is a likelihood of more political turmoil ahead unless the authorities to change course so consistent.

The economic crisis has eliminated more than 50 million jobs, following years of increase in inequality and low economic growth and job creation in poor countries richer. Since 2007, employment rates rose in only six of 36 advanced economies, while unemployment rose in the vast majority of both emerging as the already consolidated.

In the short term, the global crisis will become worse, since many governments, especially in advanced economies, prioritize the strict fiscal austerity and reforms in the labor market, even if these measures erode income, livelihoods and social fabric.

In addition, despite the quantitative monetary easing, many companies find themselves with limited access to credit, which contains investments and reduces job creation. The easy credit before the crisis encouraged excessive investment in sectors that are profitable thought, such as real estate. Not surprisingly, the resulting excess capacity now discourage private investment in the real economy.

With the increase in inequality and unemployment and shrinking incomes and domestic markets, everyone expects to recover by exporting – an obviously impossible solution. Developing countries, long encouraged and even pressured to join the export and globalization, have been advised to suddenly change direction, to produce for the domestic market and import more. The irony is that this advice comes as much of its former production capacity disappeared.

Many emerging market economies, however, after several crises in foreign exchange and capital accounts in times of greater openness, still feel inclined to accumulate huge foreign reserves as a means of protection against the largest global financial volatility. Meanwhile, the “policy space” to recover the national economy has shrunk since the crisis.

Public investment and basic social protections can help change that, creating millions of jobs. Despite strong evidence to the contrary, however, the assumption that public investment takes the scene continues to discourage private capital for economic recovery efforts led by governments.

In fact, historically, the most advanced economies have lived with fiscal deficits far higher than today, not just in times of war. These deficits financed expansions solid, sustainable and inclusive, not only for their own economies, but also abroad – as the Marshall Plan in the United States, so important to the recovery and reconstruction of postwar Europe.

Now, however, overwhelming as the transfer of financial resources from governments to save certain private institutions considered too big to fail led to a drastic increase in sovereign debt, the authorities have imposed fiscal austerity in deference to the demands of the bond markets. Meanwhile, the eurozone countries find themselves constrained not only by his fetish for tax purposes, but also for its lack of flexibility in exchange rates.

Furthermore, multilateral cooperation in favor of the global recovery has been disappointing since 2009 – the year of the G-20 meetings in London and Pittsburgh and the Global Jobs Pact *, which brought little progress since then. As a result, the last three years have seen little action directed toward the development and adoption of strategies that bring a solid recovery, sustainable and inclusive. Instead, we have seen gradually emerging protectionism, not only in front of foreign trade.

How then can the world escape this dead end built by short-term outlook of financial markets and electoral politics?

Although the inclusive multilateralism has been rocked by several challenges, including its apparent disorder and slow progress, remains the best option for several reasons. The system of the United Nations (UN) needs to be more prominent, but must also allow powerful interests to play a bigger role.

In 2009, assuming that market forces alone would not generate the necessary investment to mitigate climate change as well as affordable food for all, the Secretary-General Ban Ki-moon has proposed a “Global Green New Deal”, with partnerships public-private and between countries, especially to generate renewable energy and increase sustainable food production.

Under the recent French leadership, the International Monetary Fund (IMF), after decades of promoting globalization and economic liberalization – particularly financial – has become more cautious if not skeptical, about their analyzes, prescriptions and previous activities. Likewise, recent initiatives by the International Labour Organization (ILO) – as ** Fair Globalization, the Global Compact for Employment and Social Protection Floor *** – are directly relevant, all to deal with the current stagnation.

The unique structure of the ILO between international organizations, including workers and employers as social partners in its tripartite governance allows you to help lead the way, certainly complicated, necessary to ensure growth and a solid recovery, sustainable and inclusive. Therefore, perhaps more than ever in recent decades, inclusive multilateral institutions are now on the same page. Their efforts must now support they deserve.

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A Inadimplência cresce apesar da queda do juro

Posted by HWBlog em 28/05/2012

Os juros para o tomador final de crédito caíram em abril e continuam caindo em maio, assim como os bancos reduziram também os spreads, calculados pela diferença entre as taxas de captação e de aplicação dos recursos. Apesar dessas duas boas notícias, a inadimplência cresceu, sobretudo nos financiamentos para a aquisição de veículos, e o crédito teve expansão bastante modesta em abril comparado a março.

Segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC), na sexta-feira, o estoque de crédito aumentou 1,2%. A concessão de crédito livre teve queda de 3,7% em abril sobre o mês anterior, ou crescimento de cerca de 0,3%, segundo dados deflacionados e dessazonalizados pela LCA Consultores.

Indicadores relativos aos primeiros nove dias úteis de maio não apontam aumento relevante no estoque de crédito. Em relação ao fluxo, as informações do BC revelam que houve um acréscimo de 0,3% na média diária das concessões, em comparação com idêntico período de abril. Para as pessoas físicas, ocorreu uma queda de 4,1% na média diária e para as empresas houve crescimento de 3,8%.

Assim, a performance do crédito como instrumento de expansão da demanda neste ano ainda está fraca: em janeiro houve queda de 0,2% no saldo; em fevereiro um crescimento de 0,4%; em março a expansão foi de 1,9%; e, em abril, de 1,2%.

As famílias estão com 22,3% de suas rendas comprometidas com o pagamento de dívidas, o percentual mais elevado desde outubro do ano passado (22,42%). O endividamento, ainda segundo dados do Banco Central, bateu recorde em março, alcançando 42,95%. Em março do ano passado, o endividamento das famílias (índice calculado pela razão entre o saldo das dívidas assumidas e a renda em 12 meses) era de 40,14%.

A inadimplência (medida pelos atrasos superiores a 90 dias) das pessoas físicas atingiu 7,6% em abril, taxa 1,5 ponto percentual superior à de abril do ano passado. No caso das empresas, a taxa de inadimplência continua estável em 4,1% em abril.

O saldo dos financiamentos para compra de veículos ficou praticamente estagnado em abril, fechando o mês em R$ 178,08 bilhões, crescimento, portanto, de apenas 0,3% em relação a março. O crédito para automóveis travou por causa da crescente inadimplência que atingiu 5,9% no fim de abril, nível recorde, segundo o Banco Central.

Os indicadores de inadimplência e de endividamento das famílias podem implicar uma expansão limitada do crédito, apesar dos esforços do governo que, nos últimos dois meses, armou uma ofensiva: colocou os bancos públicos para reduzir juros e ofertar mais crédito na economia; entrou num embate com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para que os bancos privados façam o mesmo; reduziu o IOF sobre operações de crédito de 2,5% para 1,5% na semana passada; e direcionou R$ 18 bilhões de uso do depósito compulsório para compra de carteiras de pequenos bancos para o financiamento de automóveis; além de toda a queda da taxa básica de juros (Selic).

Os bancos federais, que na crise global de 2008/2009 foram agressivos na concessão de crédito e elevaram substancialmente sua participação no mercado, continuam ampliando seus espaços. Em abril, essas instituições respondiam por 44,21% do crédito contratado pela economia. Em abril do ano passado, essa participação era menor, de 41,83%.

É compreensível a preocupação do governo com o “empoçamento” do crédito desde janeiro deste ano e inegável a importância da redução das taxas de juros e dos elevadíssimos spreads, que representam ao fim das contas a margem de lucro do sistema bancário.

É legítimo supor que, mesmo com elevadas taxas de inadimplência e endividamento das famílias, as medidas de estímulo do governo vão produzir alguma expansão do crédito. Mas não parece prudente contar com o aquecimento do consumo como principal motor para a sustentação do crescimento da economia.

Há problemas tanto pelo lado da demanda quanto pela ótica da oferta, que não devem ser menosprezados. Se os tomadores estão endividados e os bancos registram a alta da inadimplência nos seus balanços, a cautela recomendaria aguardar um recuo da taxa de inadimplência antes de tentar acelerar a concessão de novos empréstimos.

Valor News: Author

Haroldo Wittitz: Editor and Publisher

The Default grows despite drop in interest

Interest for the final borrower credit fell in April and continue to fall in May, as banks have also reduced the spreads, calculated by the difference between the rates of uptake and application of resources. Despite these two good news, bad debt grew, especially in financing for the acquisition of vehicles, and credit expansion was modest in April compared to March.

According to information released by the Central Bank (BC), on Friday, the stock of credit grew 1.2%. The granting of free credit fell by 3.7% in April over the previous month, or growth of about 0.3%, according to seasonally adjusted and deflated by the LCA Consultores.

Indicators for the first nine days in May did not show significant increase in the stock of credit. In relation to the flow, the information of BC reveals that there was an increase of 0.3% in average daily concessions, compared with same period in April. For individuals, there was a decrease of 4.1% on average daily and business growth was 3.8%.

Thus, the performance of credit as an instrument of demand expansion this year is still weak: in January there was a decrease of 0.2% in the balance, in February grew 0.4%, in March the increase was 1.9% and, in April, 1.2%.

Families are with 22.3% of their income committed to debt payments, the highest percentage since October last year (22.42%). The debt, still according to Central Bank data, hit record in March, reaching 42.95%. In March last year, household debt (index calculated by dividing the balance of debts incurred and income in 12 months) was 40.14%.

The default rate (as measured by delayed more than 90 days) of individuals reached 7.6% in April, a rate 1.5 percentage point higher than in April last year. For enterprises, the default rate remains stable at 4.1% in April.

The balance of financing for the purchase of vehicles remained virtually stagnant in April, closing the month at U.S. $ 178.08 billion, growth, therefore, only 0.3% compared to March. Credit for car crashed because of rising default rates reaching 5.9% in late April, a record level, according to Central Bank.

Default indicators and household indebtedness may involve a limited expansion of credit, despite the efforts of government in the last two months, an armed attack: put public banks to reduce interest rates and offering more credit in the economy and entered in a collision with the Brazilian Federation of Banks (Febraban) so that private banks do the same; reduced the IOF on credit from 2.5% to 1.5% last week, and $ 18 billion directed to use the reserve requirement for the purchase of portfolios of small banks for car financing, in addition to any fall in the basic interest rate (Selic).

The federal banks, which in the global crisis of 2008/2009 were aggressive in lending and substantially increased its market share, continue expanding their spaces. In April, these institutions accounted for 44.21% of loans contracted by the economy. In April last year, this share was lower, 41.83%.

Understandably the government’s concern with the “pooling” of credit since January this year and the undeniable importance of reducing interest rates and huge spreads, which represent the end of the day the profit of the banking system.

It is reasonable to assume that even with high default rates and household debt, the government’s stimulus measures will produce some expansion of credit. But it seems prudent to have the heating consumption as the main driver for sustaining economic growth.

There are problems on both the demand and the perspective of supply, which should not be overlooked. If borrowers are indebted banks and record the high default rate on their balance sheets, caution would recommend waiting for a decline in the rate of default before trying to expedite the granting of new loans.

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